domingo, 16 de março de 2008

O CARNAVAL SOBE O MORRO

UM POUCO DE HISTÓRIA

O Carnaval, uma ¨paixão nacional¨. Chegou ao Brasil vindo da Europa. Os colonizadores portugueses é que trouxeram a festa. Até o século passado, chamavam-na de entrudo. No período colonial, quase não era comemorado, a não ser em determinadas datas, como o aniversário do rei ou da rainha, casamento ou nascimento de princípes. Já naqueles séculos, contudo, havia desfiles de máscaras, brincadeiras e músicas(de branco).
N o século passado, nos dias de entrudo, os senhores de escravos das cidades permitiam que os cativos saíssem em correria pelas ruas, sujando uns aos outros com farinha de trigo e polvilho, enquanto as famílias dos brancos divertian-se derramando tinas de água suja pelas janelas sobre os passantes, comendo, bebendo e farreando. Além disso, havia bailes de máscara e pequenos desfiles ao som de música. A polca, um ritmo musical de origem européia, foi o primeiro gênero de música carnavalesca de salão em nosso país. Nada indicava, naquela época, que essa festa iria apaixonar multidões de mestiços, mulatos e negros... ao som de samba!
A partir do final do século 19, até os dias atuais, as coisas mudaram completamente de rumo. A classe média, composta de funcionários públicos, comerciários, empregados de escritórios e profissionais liberais (médicos,advogados, engenheiros, etc.), começaram a invadir as ruas na época do Carnaval. Nos salões, a elite continuou com seus desfiles de máscaras, mas nas ruas surgiram os cordões - grupos movimentados ao som de cantos e ritmo de danças como as primeiras composições de carnaval, chamadas ranchos. Em 1899, já se podia ouvir, no meio da festa, o rancho Ó abre alas, que eu quero passar...
Negros e mestiços, para participarem da brincadeira,levaram muita paulada da polícia. Não foi brincadeira! Mas foi justamente dessa massa popular que o carnaval caminhou para ser o que é no Brasil.
Nos cordões ou blocos, onde se reunia a gente humilde da periferia ou, no caso do Rio de Janeiro, dos morros, não havia dinheiro de sobra pra comprar flautas ou violões caros. Mas uma barrica e um couro de cabrito para o surdo, um tambor ou uma cuíca não eram tão difíceis assim para adquirir. Venceu a criatividade, nasceram a batucada e o samba no pé. E pouco a pouco os foliões de pés descalços, compostos por capoeiras, malandros e pobres, misturaram-se aos desfiles da classe média.
TRANSCRITO

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